quinta-feira, 1 de março de 2012



Pontos,
Pontos e carros em passagem.
Pontos que se entre-cruzam.

São pontos.

Somos os pontos,
Os pontos e os carros.
Estrelas migrantes, 
Pontos de luz.

Aqui ninguém tem futuro,
São apenas pontos.
Não há problema,
O amanhã não existe.



Pontos feitos de pontos,
Pontos mais pequenos,

De tecido pontilhado,
Pontos infinitamente pequenos.


Astros com luz,
Luz própria.
A iluminação deste espectáculo

Onde nada é nada, 
Onde tudo é apenas nada
E onde o nada é composto por tudo.


Universos fechados dentro da sua realidade,
Ignorando os outros universos fechados
Que se ignoram mutuamente formando Universos.
Universos infinitos e apenas constituintes.


E aqui estou eu,
Um nada sendo tudo,
Um ponto de luz neste universo que sou eu
E que não é nada.

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