quarta-feira, 9 de maio de 2012


Amotinei-me, revoltei-me, saí à rua. Levava em mim um ódio bárbaro a tudo e a todos, ao instituído e ao inovador. Revoltei-me com o passado e com o futuro, e o meu presente tanto ardia em revolta. Tomado por esta vontade de subversão, por toda esta revolução interior. (Fosse lá saber-se porquê, mas tinha em mim esta cascata de sentimentos, esta que desembocava num mar revoltoso.) Saí, olhei para todo o lado com a fúria no olhar, tudo isto tinha de sofrer uma mudança, uma mudança profunda. A sociedade não voltaria a ser a mesma - pelo menos nos moldes em que a conhecemos. Andei, andei pelas ruas da cidade determinado, imutável, amotinado. Ia montar uma barricada de intelectualidade e atirar um pouco de bruta violência física para a fogueira também. 


E assim, decidido e resoluto!...


Voltei para casa, o tempo não está para revoluções. Tenho a carteira vazia e ainda por cima as nuvens ameaçam chover-me em cima. Talvez noutro dia... Agora tenho preguiça.

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