domingo, 8 de janeiro de 2012
A cobardia na estoicidade.
O medo da forma, mas não do conteúdo.
A consciência do fim,
A inocência do mesmo.
Um "Vê lá se és fulminado por um raio...".
Tom profético e irónico,
Revestido de ameaça.
Uma morte anunciada por um profeta de segunda.
O Pensador e o seu papel.
Um actor sem falas, um figurante.
Talvez um espectador,
Quiçá o encenador.
São perigosas estas comparações.
É suposto existir um poço deontológico.
Um poço entre deuses e homens,
Entre o perecível e o eterno.
Jornadas que nunca acabam,
Mas que nunca levam a lado algum.
O topo da montanha é a sua base.
Vivemos do ciclo.
Se olharmos para cima talvez vejamos os nossos pés,
Vemo-nos a olhar para cima,
Para os nossos pés,
Para cima.
Não sou a mais ínfima matéria.
Podia lançar-me com toda a inércia da minha massa.
Lançar-me contra a metafísica, que nada aconteceria.
A minha existência é ridícula, insignificante, sem sentido.
Sou fatalidade.
Sou o Homem.
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