domingo, 4 de dezembro de 2011


O que e um deus para um nao-crente? Nada! digo-vos eu. No prisma que vos apresento O-Todo-Poderoso Senhor Deus passa a ser deus, sem a capitalidade gráfica e ideológica a qual um ente perfeito seria intrínseco. Sou um homem de ideologias, não de deuses. E aqui estou eu, mais um insignificante ser do infinito imensurável a obliterar o dito "todo-poderoso". Perfeição e poder intemporal anulados por mera descrença de índole tão humana. E é assim, a fé, as ideologias, tudo submerso para o esquecimento pelo vórtice autoclismático do discernimento e do problematizar do insignificante Homem. Repare-se como o sobrenatural é uma criação tão nossa, tão humana. Ainda assim tem o seu valor, é um fenómeno algo interessante que pode ser fundamentado pelo nosso fatalismo - mais uma vez - tão humano e porque em momentos de desespero ansiamos para que o desfecho de tudo esteja para alem de nos. Que ridícula é a própria concepção. Explicamos os nossos medos com o monstro debaixo da cama. Ridículo, nada mais posso dizer... Por vezes sinto-me farto de pensar o mundo, a irremediável falta de sentido da existência atinge-me cada vez com mais veemência e intensidade.

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