quarta-feira, 14 de março de 2012
O mar
Gaivotas
As nuvens
Brancas
Tu
Eu O som
O cheiro
Luz
Paz
Placidez
Tu outra vez
O teu vestido branco
Voas
Flutuas no plano do infinito
O momento
Uma imagem fixa
Presa na mente
Porquê a fixação?
Porquê Tu?
Porquê a luz? Porquê o mar?
Porquê o som?
Porquê as gaivotas?
Porquê o branco?
Talvez a saudade...
A saudade da tua paz
Da tua placidez
Não tua, minha
És mulher
Apologia feminina
És a fonte
O Sonho
Deusa divina
Perfeição sem falhas
És a imagem de um paraíso terreno, pelo qual não temeria morrer.
Amo-te.
domingo, 4 de março de 2012
Porque me deixas aqui sozinho à chuva?
Porque não me convidas a entrar e me aqueces?
Não sabes que está frio cá fora e que a chuva gélida me congela a alma?
Preciso do calor do teu regaço.
Convida-me a entrar.
Prometo ser um bom inquilino,
Habitar o teu corpo, viver na tua alma.
Porque me deixas sozinho cá fora?
Pudesse eu ter-te cá fora e todo o frio desapareceria.
Pudesse eu ter-te aqui e as gotas evaporar-se-iam no mesmo instante.
Vem, junta-te a mim cá fora.
Não sabes que eu preciso de ti?
E é a gota aterradora da saudade que me corre espinha abaixo
E o tenebroso arrepio da solidão que a assoma.
A chuva cai, e eu caio também.
Segura-me.
Não sabes que te amo?
Não sabes que revolvo em torno de ti?
Não sabes o quanto te amo?
Porque me deixas cá fora sozinho à chuva?
quinta-feira, 1 de março de 2012
Pontos,
Pontos e carros em passagem.
Pontos que se entre-cruzam.
São pontos.
Somos os pontos,
Os pontos e os carros.
Estrelas migrantes,
Pontos de luz.
Aqui ninguém tem futuro,
São apenas pontos.
Não há problema,
O amanhã não existe.
Pontos feitos de pontos,
Pontos mais pequenos,
De tecido pontilhado,
Pontos infinitamente pequenos.
Astros com luz,
Luz própria.
A iluminação deste espectáculo
Onde nada é nada,
Onde tudo é apenas nada
E onde o nada é composto por tudo.
Universos fechados dentro da sua realidade,
Ignorando os outros universos fechados
Que se ignoram mutuamente formando Universos.
Universos infinitos e apenas constituintes.
E aqui estou eu,
Um nada sendo tudo,
Um ponto de luz neste universo que sou eu
E que não é nada.
Subscrever:
Mensagens (Atom)