quinta-feira, 26 de setembro de 2013



tudo é falso. e nós olhamos um para o outro. que mais fazer? frente a frente. e tudo é falso. lá fora tudo é falso. e nós consumimo-nos em beijos. vai. vem. vai. vem. lá fora tudo é vão. vai. vem. vai. vem. vai. vem. e se te vais… oh, porque não te vens? fica mais um pouco. para onde irias? lá fora tudo é falso. para onde irias? escorrem as melancias de sangue vermelho. e tu estás madura por dentro. doce. podre. hummm… e como é bom o baloiço. vai. vem. vai. vem. vai. vem. hummm… e como são boas essas cascatas fel. chove por toda a parte. eu chovo-te em cima. tu nasces. fluis para mim. tudo o que de mim há. existe. é. existiu. foi. e tu foste também. fluíste. fluis. e fluis… fluis… fluis… enveneno-te uma vez. duas. três. e tu vais morrendo. enveneno-te outra vez. morrendo para mim. fluindo. fluindo para a foz. o quarto ilumina-se. fluorescente. a divisão exala algo. tribal. primário. implode. eu expludo. e toda a metafísica. toda a física em cada meta. estilhaça na tua direcção. soluças incontrolavelmente. o teu choro - flecha pelo quarto.  fica tarde – flecha pelo espaço. cuidado! inflexão robusta. amor de rosas em soda cáustica. amor-veneno na veia. e tu olhas pelo canto do olho. e eu respiro. zás! em cheio no olho! perfume de rosas. adocicado e podre. adocicado. podre. e são assim os dias em que vais. os dias em que vens.

/vai. vem. vai. vem. vai vem./