segunda-feira, 18 de novembro de 2013



matemo-nos todos. pelo menos até amanhã. pelo menos até a casa se fechar sobre nós. pelo menos até a casa se fechar em nós. matemo-nos. matemo-nos aos poucos. no casulo. a floresta ressoa em uníssono. ecos vãos. de desespero. de loucura falante e cinética. a dor de viver dentro de si próprio. abraçando as paredes brancas. pintadas de branco gutural. de silêncio. o sopro da existência. o frio que entra por debaixo da porta. a infindável solidão em todos os espaços do tempo. em todos os tempos do espaço. o som do acordeão. ranger de dentes. deserto frio. coberto de noite. rajadas ininterruptas. não há esperança de conforto ou calor. mesmo em qualquer outro ponto. por mais longínquo ou próximo que seja. o torpor seco da alma. o marasmo áspero da existência. o horizonte imensurável. esmagador.

/humm... e o que eu daria por um dia no mar... o que eu daria por um dia na costa... onde o mar encontra a terra e o Homem cessa de voar./

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